Ultimamente, as fronteiras têm vindo a esbater-se no mundo do luxo. Já lá vão os dias em que as casas de moda eram conhecidas apenas por uma única categoria de produtos... As marcas estão a expandir-se para novos territórios, como relógios, joalharia fina e até mesmo design de mobiliário. Nesse cenário e num registo oposto, a Bvlgari, parte do grupo LVMH, está a fazer história na indústria de artigos de couro e acessórios.

Recentemente, a Bvlgari contratou Mary Katrantzou como sua diretora criativa inaugural para artigos em pele e acessórios. Essa nomeação marca uma mudança estratégica e criativa no posicionamento da marca italiana no mercado de luxo. Não se trata apenas de capitalizar sinergias entre diferentes categorias de produtos, mas também de consolidar o domínio da LVMH como um dos principais intervenientes no mundo do luxo.


A convergência criativa entre a Bvlgari e Mary Katrantzou realça a afinidade natural entre as duas marcas. Mary Katrantzou é conhecida pela sua abordagem poética e exuberante à moda, enquanto a Bvlgari é famosa pelas suas joias deslumbrantes e artigos de couro de alta qualidade. Esta colaboração promete trazer novas ideias, inspirações e técnicas para o mundo dos acessórios de luxo, reforçando ainda mais a posição da Bvlgari como uma marca líder no setor de pele e couro.

A tendência de expansão para o setor de artigos de couro também foi observada em marcas como Cartier e Montblanc. Em 2019, a Cartier lançou a popular carteira "Guirlande de Cartier", uma mala de senhora octogonal vermelha projetada para imitar o visual de uma caixa de joias. Influenciadores como Poppy Delevingne ou Bryanboy foram fotografados com essa peça geométrica, destacando a sua popularidade.


Por sua vez, a Montblanc expandiu a sua coleção em artigos de pele, focando-se na versatilidade do guarda-roupa masculino. A linha inclui messenger bags, sacos de lona e malas utilitárias. Além disso, a "Extreme 3.0 Leather Collection" da Montblanc introduziu novos produtos, atendendo a um estilo de vida em movimento como mochilas, carteiras, estojos para smartphones e malas de viagem, diversificando ainda mais a marca além das suas famosas canetas.

Mas por que a indústria da joalharia se está a expandir para o setor de artigos de couro? Simplificando, as marcas de joalharia estão a capitalizar o valor líquido projetado da indústria de artigos de couro de luxo, que é de aproximadamente 271,83 bilhões de dólares, em comparação com a receita projetada do mercado mundial de joalharia, que pode atingir 310,90 bilhões de dólares. Além disso, o mercado de vestuário e produtos de couro tem crescido significativamente nos últimos anos, refletindo-se nas coleções de moda de 2024. Marcas de luxo como Louis Vuitton e Gucci têm dado ênfase às malas e aos artigos de couro nas suas coleções tanto masculinas quanto femininas. Essa estratégia pode ser uma forma de expandir a base de clientes das marcas de luxo, especialmente em tempos de possível recessão económica que poderia afetar as vendas de artigos de luxo. Trata-se também de uma indicação clara para outras marcas de luxo que não começaram a sua atividade como marcas de artigos em pele, de que estas receitas estão prontas para serem colhidas.

A título de exemplo, no que diz respeito a dados do mercado europeu, a posição da categoria de acessórios entre as grandes marcas de luxo ainda é muito importante. Entre eles, os acessórios da Gucci representaram 35%, a Bottega Veneta respondeu por 21% e a Hermès atingiu 57%. Do ponto de vista do preço, o valor de retalho das carteiras de quase todas as principais marcas de luxo é superior a 1.000 euros, e o preço médio situa-se entre 2.000 e 2.500 euros, com exceção da Hermès, cujos 58% dos produtos custam mais de 3.500 euros.

À medida que as marcas de luxo evoluem para casas de estilo de vida, a sinergia entre os diferentes departamentos torna-se cada vez mais importante para garantir a consistência e a sustentabilidade, bem como para evitar a diluição da marca. Embora as coleções de moda sejam lançadas pelo menos quatro vezes por ano, o desenvolvimento de relógios e jóias pode demorar anos. Para enfrentar tais desafios, as marcas criaram abordagens distintas para reunir os seus diferentes departamentos em colaboração.

A “rixa” entre a Richemont e a LVMH também desempenha um papel significativo neste cenário. O grupo Richemont, que detém marcas como Cartier e Montblanc, tem uma história complexa com a LVMH, sua concorrente e colega no conglomerado de luxo. Em maio de 2023, o presidente do Grupo Richemont, Johann Rupert, encerrou os rumores de aquisição, afirmando que a empresa não estava à venda, após o Grupo Richemont rejeitar a ideia de uma aquisição pela LVMH. No entanto, em julho do mesmo ano, a Richemont adquiriu uma participação de controlo na famosa maison italiana de calçados, a Gianvito Rossi. A Richemont destacou que o calçado Gianvito Rossi incorpora a melhor expressão do artesanato "made-in-Italy", aproveitando a longa tradição de fabrico de calçado de luxo.

A competição subjacente entre a holding de bens de luxo suíça (Richemont) e o conglomerado multinacional francês (LVMH) não se limita a isso. Em 2021, a Richemont expandiu o seu portfólio de moda e couro ao adquirir a famosa maison belga de artigos de couro de luxo, Delvaux. Esta aquisição permitiu à Delvaux alavancar a sua presença global e capacidades digitais, consolidando ainda mais a posição da Richemont no mundo dos artigos de couro e acessórios. Com a Verdeveleno, uma empresa espanhola conhecida pela sua experiência no curtimento e acabamento de peles exóticas, a LVMH reconheceu que a sua aquisição permitiria ao Grupo Verdeveleno investir ainda mais na qualidade, na atenção à cadeia de abastecimento, na rastreabilidade e na sustentabilidade, e permitir uma grande comunidade de indivíduos que são artesãos e artesãos de excelência na indústria do couro de luxo em todo o mundo.


Voltando à Bvlgari, a marca de joalharia uniu-se ao conceito "umbrella" da LVMH em 2011. Esse conceito é liderado por Bernard Arnault, a pessoa mais rica do mundo segundo a Forbes pelo segundo ano consecutivo. Arnault é um magnata do comércio e compreende a importância do sector de moda e artigos de couro na LVMH. Em 2023, as vendas da LVMH superaram as previsões dos analistas, apresentando um aumento de 13% no crescimento orgânico em relação a 2022. Novos investimentos e diversificação de portfólio são estratégias de longo prazo. O grupo de luxo Kering também ressaltou que contratempos financeiros de curto prazo não necessariamente significam um desastre para os objetivos de longo prazo. A nomeação de Mary Katrantzou para a Bvlgari reforça ainda mais o domínio da LVMH no sector de moda e artigos de couro. Essa nomeação é o primeiro passo para o novo "legado em pele" da maison. O tempo dirá se Katrantzou terá sucesso na próxima coleção de artigos em pele da Bvlgari.

Independentemente do sucesso no futuro, a Bvlgari, sob a LVMH, já conquistou o primeiro lugar na importância comercial dos artigos em pele nas maisons de joalharia e relojoaria, ao nomear formalmente uma designer de renome. É de se esperar que a concorrência siga o exemplo, assim como outras casas do grupo LVMH, numa corrida pelas receitas.

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Localizado junto ao miradouro de São Pedro de Alcântara, o "La Fiorentina" abriu a sua primeira filial fora do Rio de Janeiro, na capital portuguesa. Tendo recentemente saído do Leme e aberto portas em Ipanema e Barra, o conceito de restauração italiana carioca chega agora a Lisboa, ficando situado numa área famosa pelos casarões do século XIX, bares animados e lojas exclusivas, bem próxima do Príncipe Real.

Fundado em 1957 na “cidade maravilhosa”, é conhecido sobretudo pelo seu ambiente boémio e alegre, sendo frequentado por algumas das maiores celebridades dos meios artísticos e intelectuais brasileiros. “Tal como no Rio, também aqui em Lisboa, a nossa especialidade vai ser a cozinha italiana de grande qualidade, mas a preços acessíveis”, partilhou o empresário Omar Peres, conhecido carinhosamente como “Catito”, aos convidados, numa inauguração que contou com dois dias. Antes de abrir ao público, Omar realizou dois eventos de inauguração, a 9 e 10 de abril: o primeiro, destinado a artistas e jornalistas portugueses; o segundo, no qual tive o prazer se ser incluído, para amigos portugueses e brasileiros residentes em Portugal.

O próximo espaço a ser aberto será em Madrid, em Espanha. Tal como no Rio e agora em Lisboa, todas as filiais do “La Fiorentina” vão ter as paredes cobertas por fotografias e autógrafos. Entre as imagens da filial portuguesa, podemos encontrar dispostas em molduras as de Tom Jobim, Jô Soares, Chico Anysio, Glauber Rocha e de muitos outros actores e músicos brasileiros facilmente reconhecíveis. Rita Hayworth, Brigitte Bardot e Jean Paul Belmondo figuram ao lado de Amália Rodrigues, Jorge Palma, Raul Solnado, Carminho, Ricardo Pereira, Margarida Vila Nova, Carlos Avilez, entre outros do panorama artístico nacional.

Além disso, o "La Fiorentina" lisboeta conta com 120 lugares e está aberto todos os dias a partir do meio-dia, com a cozinha sempre a trabalhar. Omar “Catito” Peres, que também adquiriu há 10 anos outro restaurante icónico do Rio de Janeiro, o Bar Lagoa, fundado há 90 anos, explica que o “La Fiorentina” alfacinha vai funcionar “até ao último cliente”. De facto, a filial de Lisboa funcionará “sem hora certa para fechar”, garantiu, considerando ainda que, mais do que um restaurante, o espaço pretende ser uma “referência cultural” de encontro e convívio a qualquer hora do dia ou da noite.


La Fiorentina
Rua São Pedro de Alcântara, 65, Lisboa
Horário: aberto todos os dias a partir do meio-dia, sem hora certa para fechar
Reservas: 966 367 028


Caruso retratou desta forma alguns dos muitos frequentadores conhecidos do restaurante carioca

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A artista japonesa Yayoi Kusama (Japão, 1929) expõe em Serralves, até 29 de setembro, mais de 160 pinturas, desenhos e esculturas sobre a sua história de vida e obra. A mostra "Yayoi Kusama: 1945 – HOJE" está organizada cronologicamente e por temas: Infinito, Acumulação, Conectividade Radical, Biocósmico e Morte e Força de Vida. Esta é a maior retrospectiva da artista na Europa e, em simultâneo, a sua primeira mostra individual no nosso país.

Os mais de 160 trabalhos narram a história da vida e obra da artista japonesa, hoje com 95 anos, e exploram a sua carreira desde os seus primeiros desenhos, realizados na sua adolescência, durante a Segunda Guerra Mundial, às suas obras mais recentes de arte imersiva. A curadora da exposição, Filipa Loureiro, revelou que a exposição não se circunscreve ao museu, mas estende-se também ao parque de Serralves onde as suas famosas abóboras amarelas com bolinhas pretas e o "Narcissus Garden" (esferas de aço inoxidável de diferentes dimensões) estão a ser exibidas.

A exposição reúne imagens pintadas por Yayoi Kusama ao longo da sua carreira. Essas imagens transmitem as suas experiências psicológicas e emocionais, bem como a ideia de infinito. Além disso, a exposição inclui obras mais antigas que abordam a destruição testemunhada durante a Segunda Guerra Mundial. Entre os trabalhos expostos, encontram-se padrões circulares que funcionam como metáforas para o sol, a terra e a lua. Também estão presentes peças "semi-representacionais" com cores fortes e saturadas, retratando perfis de mulheres e brotos de flores em cenas que simbolizam a vida humana e vegetal. Esta exposição foi concebida e organizada pelo Museu de Cultura Visual M+ de Hong Kong, em colaboração com a Fundação de Serralves e o Museu Guggenheim de Bilbau.


Mas quem é Yayoi Kusama?

 

Ela é uma das artistas mais importantes do nosso tempo, conhecida pelas suas instalações imersivas chamadas "Infinity Mirror Rooms". A sua estética incorpora luz, bolinhas e abóboras. Kusama ganhou destaque nos anos 1960 em Nova Iorque, onde realizou happenings provocantes e exibiu pinturas alucinatórias com loops e pontos, que ela chamou de "Redes Infinitas". Além disso, ela influenciou Andy Warhol e antecipou a ascensão da arte feminista e pop. As suas obras já foram exibidas no Museu de Arte Moderna, no Centro Pompidou, na Tate Modern e no Museu Nacional de Arte Moderna de Tóquio. Em 1993, Kusama representou o Japão na Bienal de Veneza. Atualmente, o seu trabalho é regularmente vendido por valores de sete dígitos no mercado secundário. Ao longo de sua diversificada carreira, Kusama continuou a explorar os seus próprios transtornos obsessivo-compulsivos, sexualidade, liberdade e percepção.



 

Influências na sua obra


Surrealismo: Kusama foi inspirada pelo movimento surrealista, especialmente pelos trabalhos de Salvador Dalí, e também se interessava em explorar o subconsciente e a imaginação através da arte.

 

Minimalismo: Kusama também foi influenciada pelo movimento minimalista, especialmente pelos trabalhos de Donald Judd e Sol LeWitt. Apreciava a simplicidade e a limpeza das formas minimalistas, mas também gostava de subverter essas ideias ao adicionar os seus próprios padrões e cores.

 

Arte pop: Kusama participou no cenário artístico de Nova Iorque durante a era da arte pop e foi influenciada por artistas como Andy Warhol e Claes Oldenburg. Gostava da natureza popular e acessível da arte pop e incorporou alguns desses elementos nas suas próprias obras.

 

Cultura japonesa: Kusama cresceu no Japão durante a Segunda Guerra Mundial, e a cultura japonesa teve uma forte influência na sua vida e trabalho. Foi influenciada pela arte tradicional japonesa, como a arte do ukiyo-e e a cerimónia do chá, e também pela cultura pop japonesa, como a música e a moda.

 

Doenças mentais: Desde a infância, Kusama sofre de transtornos mentais, que influenciaram profundamente a sua arte. Utiliza padrões repetitivos para expressar sentimentos de ansiedade e obsessão, e incorpora elementos de alucinação e delírio em algumas das suas obras.




As abóboras e as bolas

 

Kusama tem um fascínio por abóboras desde a infância no Japão, e as bolas ou pontos também são uma obsessão que começou na sua infância, quando experienciava alucinações com pontos cobrindo tudo no seu campo de visão. Estes elementos têm sido recorrentes na sua arte.

Kusama tem utilizado a abóbora como um elemento fulcral na sua arte desde a década de 1950, incluindo esculturas de abóbora em várias formas e tamanhos, bem como pinturas e desenhos de abóboras. A abóbora para a artista é uma forma simples e humilde, mas também uma representação da fertilidade, da abundância e da vida. As bolas ou pontos, que exerceram uma experiência de "visão obsessiva" também se tornaram uma fonte de inspiração para a sua produção artística. Para Kusama, as bolas e pontos representam uma sensação de unidade e infinito. Já a abóbora é um objeto que transmite uma sensação de alegria e esperança, e é um símbolo recorrente da sua arte repleta de imaginação e a fantasia.


 

Como se tornou tão famosa?

Yayoi Kusama tornou-se famosa por várias razões. Em primeiro lugar, o fenómeno das redes sociais, especialmente o Instagram (verifiquem, por exemplo, #YayoiKusama ou #InfiniteKusama), desempenhou um papel crucial, com milhares de pessoas a se fotografarem nas suas instalações e a compartilharem nas respetivas redes sociais, criando uma enorme visibilidade para o seu trabalho. Além disso, a sua colaboração com a Louis Vuitton em 2012 e novamente em 2023 também contribuiu para aumentar a sua fama, trazendo a sua arte para o mundo da moda de luxo.



A mostra em Serralves é uma oportunidade única para os portugueses experimentarem a maior retrospetiva da artista japonesa na Europa que, mesmo aos 95 anos, continua a criar, apesar de viver há quase cinquenta anos num hospital psiquiátrico, quando o transtorno obsessivo-compulsivo e as alucinações que a atormentam desde a infância começaram a agravar-se. “Tem o seu atelier próximo do hospital, onde faz os tratamentos, mas continua a trabalhar todos os dias”, partilha Filipa Loureiro, curadora da exposição. Até 29 de setembro, no Porto, podem visitar a montagem da ambiciosa retrospetiva “Yayoi Kusama: 1945 — Hoje”.

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Numa primeira e inovadora parceria entre uma casa de moda de luxo italiana e uma empresa espacial comercial, a Prada apresenta a sua colaboração com a Axiom Space, líder do sector e arquitecta da primeira estação espacial comercial do mundo, para os fatos espaciais lunares da NASA para a missão Artemis III. Sendo a primeira aterragem lunar com tripulação desde a Apollo 17 em dezembro de 1972, esta missão Artemis, planeada para 2025, será também a primeira a colocar uma mulher na Lua.

A Prada está incumbida de desenhar e produzir os fatos espaciais lunares para a missão Artemis III. O fato espacial AxEMU fornecerá aos astronautas capacidades avançadas para a exploração espacial, ao mesmo tempo que oferece à NASA sistemas humanos desenvolvidos comercialmente, necessários para aceder, viver e trabalhar na Lua e à sua volta. Evoluindo o design dos fatos espaciais da Unidade de Mobilidade Extraveicular de Exploração (xEMU) da NASA, os fatos espaciais Axiom Space X Prada foram criados para proporcionar maior flexibilidade, maior proteção para resistir a um ambiente hostil e ferramentas especializadas para exploração e oportunidades científicas. Utilizando tecnologias e design inovadores, estes fatos espaciais permitirão uma maior exploração da superfície lunar do que antes.

Os engenheiros da Prada vão trabalhar em conjunto com a equipa da Axiom Space Systems durante todo o processo de concepção para desenvolver materiais e características de raiz que irão proteger os astronautas contra potenciais problemas ambientais enquanto estiverem no espaço e no ambiente lunar. Lorenzo Bertelli, Diretor de Marketing do Grupo Prada, afirma que as décadas de experimentação e know-how de design da Prada - "que começaram nos anos 90 com o desafio da Luna Rossa para a America's Cup" - serão agora aplicadas ao design dos fatos espaciais lunares da NASA para a era Artemis.

Até ao momento, a Prada e a Axiom Space afirmam que estes novos fatos espaciais são uma versão melhorada do vestuário da NASA que os astronautas utilizam para as viagens espaciais. Os mesmos serão concebidos para serem mais flexíveis, proporcionarem uma melhor proteção contra as duras condições do espaço e estarem equipados com ferramentas avançadas que permitem aos astronautas fazer experiências e explorar a Lua com facilidade.


Os novos fatos utilizam tecnologias e técnicas de conceção novas e avançadas para ajudar os astronautas a explorar a lua de forma mais eficaz, mas tanto a Prada como a Axiom Space ainda não definiram quais são tais características. Michael Suffredini, Diretor Executivo da Axiom Space, afirma que "os conhecimentos técnicos da Prada em termos de matérias-primas, técnicas de fabrico e conceitos de design inovadores trarão tecnologias avançadas que serão fundamentais para garantir não só o conforto dos astronautas na superfície lunar, mas também as tão necessárias considerações sobre os factores humanos, ausentes nos fatos espaciais".

De acordo com o Professor Jeffrey Hoffman, que voou em cinco missões da NASA e realizou quatro passeios espaciais, a manutenção de um bom ambiente térmico é, de facto, o mais importante. "Um fato espacial é como uma nave espacial em miniatura. Tem de fornecer pressão, oxigénio e manter uma temperatura razoável", defendeu.


A missão Artemis III, com design da Prada, seguir-se-á à Artemis II, que envolverá o voo de uma cápsula à volta da Lua no final de 2024 ou no início de 2025. Esta missão Artemis II terá a primeira mulher e o primeiro astronauta negro a serem destacados para uma missão lunar - Christina Kock e Victor Glover, respectivamente.

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Com uma nova formulação com 100 µg (4000 UI) de vitamina D3 dissolvidas em azeite extraído a frio, as pequenas cápsulas de gelatina mole da BioActivo Vitamina D Forte + contribuem para o normal funcionamento do sistema imunitário, nomeadamente dos ossos, dentes e músculo, uma vez que a vitamina D tem um papel importante no que respeita à absorção do cálcio.

Fabricado sob controlo farmacêutico, as 80 cápsulas do BioActivo Vitamina D Forte + são de tamanho reduzido o que faz com que sejam fáceis de engolir, contudo, podendo também ser mastigadas. Estudos científicos demonstraram que o BioActivo Vitamina D Forte + tem uma elevada absorção no organismo.

A vitamina D é uma vitamina solúvel em gordura, por isso é necessária a existência de gordura para a que a vitamina seja absorvida no intestino. Tal como outras vitaminas, a vitamina D é essencial para o nosso organismo. Existem vários tipos de vitamina D, porém as duas formas mais importantes são a vitamina D2 (ergocalciferol) e vitamina D3 (colecalciferol). A vitamina D3 é a forma que é sintetizada na pele quando nos expomos a uma quantidade razoável de luz solar, ou um tipo similar de radiação UV.

A vitamina D derivada da luz solar é uma fonte de vitamina D eficaz, mas apenas é produzida quando o sol está elevado. Em grande parte da Europa, isso só acontece durante o período de Verão e, portanto, só nessa época do ano será possível produzir níveis suficientes da vitamina D. A vitamina D2 encontra-se disponível apenas na alimentação, sendo produzida por determinados fungos e plantas quando expostos à luz ultravioleta. Ambas as vitaminas D2 e D3 requerem uma activação no fígado e nos rins para se tornarem biologicamente activas.

A ciência acreditava que as duas formas de vitamina D eram igualmente eficazes no corpo, contudo, dependendo do método de medição utilizado, a vitamina D3 acaba por ser 56 a 87% mais eficaz do que a vitamina D2 quando se trata de aumentar os níveis sanguíneos de vitamina D. Além disso, estudos apontam que a vitamina D3 seja armazenada no tecido gordo 3x de forma mais eficaz do que a vitamina D2.


A vitamina D tem uma série de funções importantes no organismo. Por exemplo, a vitamina D:

- É importante para a divisão celular normal

- Ajuda a manter ossos e dentes saudáveis

- Contribui para a normal absorção e utilização do cálcio e do fósforo

- Desempenha um papel importante no sistema imunitário e função muscular

 

Quanto a boas fontes, a vitamina D dificilmente é encontrada em vegetais, surgindo de forma reduzida nos lacticínios e em maior quantidade em alguns animais. Algumas das melhores fontes são: óleo de peixe, fígado de bacalhau, ovos, fígado e manteiga.

 


A importância da vitamina D

 

Embora a vitamina D não seja das vitaminas mais populares, é uma das mais importantes. Auxilia o organismo na absorção e utilização do cálcio, sendo essencial para o desenvolvimento dos ossos e dentes. Estas propriedades da vitamina D ajudam a prevenir doenças decorrentes da carência de cálcio, como a osteoporose e o raquitismo, afetando principalmente crianças e resultando em pernas arqueadas e joelhos voltados para dentro. Além disso, a vitamina D indiretamente estimula as funções nervosas, protege contra a fraqueza muscular, promove contrações musculares normais e regula o ritmo cardíaco. Também fortalece o sistema imunitário ao estimular o timo a produzir células que eliminam bactérias, vírus e outros micróbios causadores de doenças.


Apesar da sua importância em vários aspectos, a vitamina D só foi descoberta recentemente. Na década de 1930, os cientistas isolaram a substância do óleo de fígado de bacalhau, posteriormente chamada vitamina D. Descobriu-se também que o desidrocolesterol, encontrado na pele, produzia uma substância semelhante quando irradiado com luz ultravioleta. Devido à capacidade do organismo de produzir vitamina D quando exposto à luz solar, ficou conhecida como a "vitamina do sol". Curiosamente, apesar de ser classificada como uma vitamina, a vitamina D atua como uma hormona. Depois de ser ingerida através de alimentos ou suplementos, ou produzida na pele pela exposição ao sol, a vitamina D é metabolizada no fígado e depois nos rins, onde se torna utilizável pelo organismo. O excesso de vitamina D é armazenado nas células adiposas.




Em países ensolarados como Portugal, a suplementação de vitamina D pode parecer desnecessária, mas durante o outono e o inverno, quando a exposição solar é mais limitada, e devido à falta de tempo para uma exposição solar regular, pode ser necessário tomar suplementos, como é o caso do BioActivo Vitamina D Forte + de que aqui falo. É sempre recomendado tomar suplementos vitamínicos com alimentos para aumentar a sua absorção, especialmente as vitaminas lipossolúveis, como A, D, E e K, que devem ser consumidas com alimentos que contenham alguma gordurosa.



 

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Quinto filme do “franchise” (se é assim que se pode denominar) sobre o Anticristo, “O Génio do Mal - O Início” vem revigorar o universo deste género de terror com uma realização exímia, um excelente elenco e um argumento bem trabalhado. Eu fui assistir à sua antestreia a convite da NOS, no cinema do Colombo, e saí da lá com calafrios... sim, porque para mim há dois tipos de filmes de terror: os que abordam o sobrenatural, que metem desde Drácula a múmias, e os de origem religiosa, que abordam temas mais próximos, com os quais mais nos identificamos e que, por isso, mais tememos. Quem não se lembra de “O Exorcista” de 1973


Seguindo o exemplo de outras séries como Halloween ou The Exorcist, que receberam reinvenções e expansões modernas, “O Génio do Mal - O Início” (“The First Omen” no original) é a mais recente sequela de uma linha de terror de longa data. A funcionar como “prequela” do clássico "The Omen", com várias associações aos eventos deste primeiro filme da série e servindo como uma inesperada explicação sobre a paternidade biológica de Damien Thorn, "O Génio do Mal: O Início" passa-se em 1971 e acompanha Margaret, uma jovem americana enviada para Roma com o objetivo de servir a Igreja. Num convento italiano, depara-se com algo que a leva a questionar a própria fé e descobre uma conspiração aterradora que visa provocar o nascimento do mal encarnado...


Foi em 1976 que Richard Donner realizou o primeiro filme de "The Omen" (“O Génio do Mal”), com base num argumento de David Seltzer, onde os actores Gregory Peck e Lee Remick deram vida ao casal que adoptou Damien, um rapaz que mais tarde perceberam ser o filho do Diabo. Seguiram-se dois outros filmes, ambos a versarem sobre a ascensão de Damien na adolescência e na idade adulta. Em 1991, um filme para a televisão apresentou uma rapariga como o novo Anticristo e uma recriação, "The Omen" estreou nos cinemas em 2006, tendo sido seguida pela série televisiva "Damien". Neste novo capítulo, o espírito de continuidade dá-se precisamente no ecrã quando surge uma imagem de Gregory Peck numa fotografia.


Este “O Génio do Mal: O Início” pretende ser a origem dessa história, retomando a temática da trilogia original, mas centrando-se em algo pouco explorado pelos seus antecessores: o papel da mãe. Margaret (Nell Tiger Free), a jovem freira norte-americana que incorre numa tentativa de fazer os seus votos finais, não imaginava ver-se envolvida numa conspiração macabra com o objectivo de fazer nascer o Anticristo. Acolhida num convento administrado pela sinistra Irmã Silva (Sónia Braga), tudo aponta para que uma órfã ostracizada, Carlita (Nicole Sorace), com recorrência habitual no intitulado "quarto do mal”, esteja destinada a carregar no seu ventre o herdeiro das trevas. Este novo episódio especula sobre uma certa facção da Igreja, que pretendia redimir-se e reconquistar fiéis com a introdução do Anticristo na sociedade. No centro, temos a convincente postura de Margaret com a sua sanidade posta à prova. O contraste da sua presença numa noitada italiana ao lado do entusiasmado Paolo (Andrea Arcangeli), é afirmado quando ela se mostra bem-comportada, ao lado da sexy e eufórica Luz (Maria Caballero), sua colega noviça da ordem sacra.


Sob o comando da estreante realizadora Arkasha Stevenson — que até então apenas havia realizado episódios para televisão — a premissa dá vazão ao terror contemporâneo. Criaturas nas sombras, sustos ardilosos e ambientes escurecidos são técnicas que mais pertencem ao terror do século XXI do que à década que o filme homenageia. Contudo, originalidades não tardam a surpreender, evidenciadas logo ao início na abertura do filme, numa alusão algo perversa a uma das mortes mais famosas do filme original. O tom logo aqui estabelecido é apropriado e sintomático: assistir a “O Génio do Mal - O Início” é ser-se surpreendido constantemente, quer pela narrativa, quer, sobretudo, pela realização. Um domínio de Stevenson que demonstra, na composição de quadros e planos convincentes, uma mise-en-scène que nos conecta a um repertório do género (“Suspiria”, “O Bebé de Rosemary” e o já mencionado “O Exorcista” são alguns dos paralelos).


Quanto aos protagonistas, Nell Tiger Free é eximia no “malabarismo” que faz entre santidade e perversão, começando timidamente e desembocando numa crueza digna da actriz francesa Isabelle Adjani em “Possessão” (1981) — a qual parece homenagear no clímax. A antagonista Sónia Braga incorpora, com destreza, a postura incólume da Igreja Católica. Bill Nighy assume também uma das personagens principais, como Cardeal. E Ralph Ineson interpreta o religioso Brennan.

“O Génio do Mal - O Início” surge como uma ousada produção causada por um certo apetite de Hollywood por mais e novas sequências. E deixa um fio condutor que poderá resultar numa sequela... Mas é sem dúvida um filme que se propõe eficazmente a meter-nos medo, e muito.

 

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Recentemente, através da plataforma Lego Ideas, que transforma os conceitos enviados pelos seus utilizadores em potenciais conjuntos, dois projetos feitos por fãs espelham fielmente o design de um rádio e de uma câmara vintage.

O rádio Lego vintage reproduz qualquer música fazendo uso do smartphone e do respetivo assistente de voz. Mehdi Rustamov, conhecido como dimexart, traz uma recordação do passado ao empilhar peças de Lego e criar um rádio vintage que pode reproduzir qualquer música. O designer capta o aspeto retro de um rádio de antigamente, desde os botões de volume às teclas, todos funcionais. Este modelo de rádio vintageé composto por 1130 peças Lego e, no início, dimexart apenas tinha feito uma versão em objeto do rádio em estilo retro. Contudo, em janeiro de 2024, modificou a parte traseira de forma a abrir como um leitor de cassetes, permitindo que os utilizadores introduzam os seus smartphones e peçam aos seus assistentes de voz para reproduzir qualquer música, tornando o rádio vintage totalmente funcional.

Para além dos botões e teclados de volume que funcionam, Mehdi Rustamov passou o seu tempo a desenhar a grelha do altifalante frontal, que é uma das suas partes favoritas do rádio Lego vintage. Também criou sintonizadores de roda dentada dentro do rádio vintage para que, quando se rodasse as partes frontais, o ponteiro vermelho balançasse para a frente e para trás.


Já o conjunto de câmara instantânea Polaroid é feito de 516 peças, capturando igualmente a nostalgia... De facto, aqui a Lego volta a embarcar numa viagem nostálgica com um modelo de réplica em peças da icónica Polaroid OneStep SX-70, com riscas de arco-íris. Revelado na LEGO Ideas, este projeto inclui até o mecanismo de clique caraterístico. Apesar do seu aspeto e som autênticos, é importante notar que esta versão Lego não consegue captar imagens. No entanto, o processo de construção continua a ser muito interessante e agradável!


Acompanhada por três "fotografias" instantâneas, onde uma das ilustrações fotográficas apresenta um retrato do inventor da Polaroid, Edwin H. Land, esta câmara foi concebida para interação, onde os utilizadores podem escolher uma fotografia Polaroid, colocá-la na câmara e simular a respetiva ejeção premindo o botão vermelho do obturador.


Peças em braille da Lego acessíveis a crianças cegas e com deficiência visual



Apesar da genialidade de alguns, a Lego não deixou de avançar. E após o anúncio inicial dos seus Braille Bricks em 2019, a Lego colocou o kit disponível para compra pela primeira vez. O anúncio foi feito após uma resposta esmagadora e positiva de todo o mundo. Até agora, a Fundação LEGO tinha distribuído os kits gratuitamente, como parte de um programa piloto, a organizações especializadas na educação de crianças com deficiências visuais.


As peças foram especialmente concebidas para ajudar crianças e adultos cegos e com deficiência visual a aprender braille. Cada um dos 287 Lego Braille Bricks é moldado com tachas para representar uma letra ou número diferente no alfabeto braille. Estas peças especiais estão disponíveis em cinco cores - branco, amarelo, verde, vermelho e azul - e são totalmente compatíveis com os brinquedos Lego existentes.



O conjunto Lego Braille Bricks também inclui duas placas de base, enquanto a embalagem integra um relevo em braille. Para complementar a experiência de brincadeira e apoiar o desenvolvimento de competências pré-braille, o Grupo Lego oferece uma série de "iniciadores de jogo" de apoio em Lego.com, que guiarão os utilizadores na orientação, fixação e empilhamento das peças através de jogos como Pedra, Papel, Tesoura, nos quais podem participar jogadores com visão total e parcial.


Rasmus Løgstrup, Designer Principal do Grupo Lego para os Lego Braille Bricks comenta: “Quando as crianças brincam, aprendem competências vitais para toda a vida, por isso ficámos entusiasmados com a receção que os Lego Braille Bricks tiveram em ambientes educativos. Fomos inundados com milhares de pedidos para os tornar mais amplamente disponíveis, por isso sabíamos que tínhamos de o fazer acontecer!”



Durante o programa piloto original, os Lego Braille Bricks foram testados em línguas como o dinamarquês, norueguês, inglês, português, alemão, espanhol e francês - incluindo caracteres especiais. Para começar, o kit ficou disponível para venda a 1 de setembro de 2023 - as versões italiana, alemã e espanhola apenas foram incluídas no início de 2024. 


O Grupo LEGO também estabeleceu uma parceria com a aplicação móvel gratuita Be My Eyes. A popular aplicação liga pessoas cegas e com visão parcial a empresas para as ajudar nas tarefas diárias através de uma videochamada em direto. Como parte da parceria, os colegas do Serviço de Apoio ao Cliente da Lego prestam assistência visual confidencial e em direto através da aplicação, abrangendo apoio numa vasta gama de tópicos, desde o unboxing até ao apoio geral ao produto.



Mike Buckley, Presidente e Diretor Executivo da Be My Eyes, afirma: "O facto de o Grupo Lego estar a investir na inclusão é enorme, porque muitas pessoas da comunidade cega e com baixa visão já adoram e apreciam os produtos Lego. A Be My Eyes sente-se incrivelmente honrada com a parceria com o Grupo Lego para permitir e inspirar a criatividade de construtores cegos e com baixa visão em todo o mundo".

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Não sei se já haviam reparado no mais recente fenómeno... As marcas de moda de renome, como Gucci, Louis Vuitton, Dior e Ralph Lauren, têm ampliado o seu alcance para além da moda, adentrando também no mundo da gastronomia. Desde restaurantes requintados a cafés mais descontraídos, esta tendência não é totalmente nova, mas nos últimos anos tem atingido um novo patamar. Recentemente, a Louis Vuitton inaugurou o "LV The Place Bangkok", marcando presença no Sudeste Asiático.

A gastronomia está a tornar-se um luxo cada vez mais exclusivo, com a busca por estrelas Michelin e longas listas de espera em restaurantes tornando-se cada vez mais comuns. Estar presente em locais exclusivos e ter acesso a experiências únicas tornou-se um símbolo definitivo de estatuto, muitas vezes superando a própria qualidade da refeição. Ao adentrar na indústria de F&B, as marcas de moda de luxo estão a combinar um estilo intemporal com produtos gastronómicos requintados, proporcionando aos clientes uma experiência completa de luxo e sofisticação.

Vejamos alguns dos cafés e restaurantes mais interessantes neste contexto. Se gostam de comida e de moda, estes são os destinos a ter em consideração ao planear as próximas férias... 


 

LV The Place Bangkok

Anunciado como um conceito de flagship store de 360 graus - composto por uma boutique, um café, um restaurante do famoso chef Gaggan Anand e um espaço de exposição imersivo - o "LV The Place Bangkok" da Louis Vuitton abriu a 28 de fevereiro no recém-renovado Gaysorn Amarin em Banguecoque, na Tailândia. Neste novo e excitante espaço, dos elementos arquitetónicos inspiradores até à cenografia dinâmica e aos itens de menu originais num café e num restaurante, respetivamente, pode-se descobrir a amplitude da imaginação e da criação no universo Louis Vuitton.



Ocupando dois pisos do complexo comercial da baixa da cidade, o "LV The Place Bangkok" criou um ambiente de sonho a partir da sua localização de esquina, onde a fachada é realçada com formas de diamante gigantes que fazem lembrar o icónico monograma da marca e que brilham à noite. Do lado de dentro, a icónica casa de luxo francesa promete uma experiência indulgente como nenhuma outra: para além das criações da Maison, a loja também alberga o Le café, o primeiro café da marca no país, e o Gaggan at Louis Vuitton, um restaurante requintado dirigido pelo célebre chef Gaggan Anand.



Coach Restaurant

A marca de luxo americana Coach aventurou-se no espaço da alta gastronomia com o seu primeiro restaurante. O restaurante, aberto em Jacarta, na Indonésia, é suposto ser uma extensão do autêntico legado da marca na cidade de Nova Iorque. O design moderno de meados do século é uma prova disso e os estofos em pele macia e amanteigada são a representação do empenho da marca em oferecer luxo em pele.

Inaugurado a 4 de março, o restaurante e café Coach onde é possível acompanhar a mala Tabby com batatas fritas, situa-se junto a uma das boutiques da marca nova-iorquina na capital indonésia. O The Coach Restaurant e o The Coach Coffee Shop, ambos anexados à sua loja no Grand Indonesia Mall apresenta conceitos gastronómicos inspirados na cidade natal da marca. O restaurante - que tem uma réplica de um táxi amarelo da cidade de Nova Iorque pendurado de cabeça para baixo no tecto - é uma reinterpretação de uma churrascaria nova-iorquina, enquanto a cafetaria vende fatias de pizza e gelados, para além do café.



Há referências à marca em ambas as experiências, desde o logótipo "C" impresso no pão de um hambúrguer até aos uniformes usados pelos empregados, que foram concebidos pelo diretor criativo da marca, Stuart Vevers. Há várias razões para a abertura do primeiro restaurante Coach na Indonésia, de acordo com Todd Kahn, diretor-executivo e presidente da marca: o país tem uma população jovem - cerca de metade são Millennials, Gen-Z ou mais novos. Além disso, a marca tem vindo a expandir a sua presença no Sudeste Asiático nos últimos anos.



Ralph’s Coffee and Bar

O primeiro café desta icónica marca americana abriu em 2014 na cidade de Nova Iorque. Tal como a Ralph Lauren, a cafetaria apresenta um luxo discreto. Desde então, a marca tem aberto cafetarias em todo o mundo. Também introduziram a Ralph Coffee Experience sob a forma de camiões de café e quiosques em diferentes cidades. Agora, a Ralph's Coffee está desde dezembro de 2023 em Paris! Um café tipicamente americano em pleno Boulevard Saint-Germain. No coração de uma mansão do século XVII, este endereço funde com elegância o estilo autêntico e os requintados produtos gourmet num ambiente arborizado, pontuado por toques de tartan e lustres de cristal, onde cada degustação o transporta para o mundo chique e refinado da marca de moda.



Num ambiente com painéis de madeira, realçado por uma lareira de mármore verde, o ballet dos empregados de mesa vestidos com camisas às riscas verdes RL rodopia entre as mesas de latão. Entre paredes de carvalho esculpido, lustres de cristal, veludos e almofadas de tartan, servem as delícias doces adoradas pelo Sr. Ralph Lauren, como o brownie e o bolo de cenoura, acompanhados por uma excelente seleção de cafés de assinatura (vienense, americano, etc.), feitos a partir de grãos cultivados organicamente. Naturalmente, o endereço também serve uma série de outras bebidas gourmet e reconfortantes, como o matcha e o chai latte.




Dior Café

A casa de moda de luxo colaborou com o pâtissier-chocolatier francês Pierre Herme para abrir o Dior Café, um local onde as pessoas podem deliciar-se com sumptuosas sobremesas e o puro luxo que são assinatura da marca. Os espaços de restauração da marca estão presentes em Paris, com o restaurante Monsieur Dior, em Seul, com o Dior Café e noutras grandes cidades do mundo. Chegou mesmo a abrir uma cafetaria pop-up no Lago Como, em Itália. Mais recentemente, em dezembro de 2023, o café Dior abriu portas em Xangai com um número selecionado de ofertas e vistas panorâmicas sobre a cidade. Os interiores estão decorados com cadeiras houndstooth a preto e branco como uma ode ao falecido Christian Dior, que foi um dos primeiros designers a desenhar com este estampado na década de 1940.


O novo café funciona como uma extensão da boutique da marca em Taikoo Li, que abriu no ano passado como o quarto ponto de venda da Dior na cidade. O menu requintado vai muito além do café, tornando-o um verdadeiro refúgio para os entusiastas da moda e da gastronomia. Desde o mil-folhas de sésamo preto aos espargos fritos com tofu estaladiço, os clientes podem desfrutar de uma delicada fusão das cozinhas asiática e francesa, enquanto se encontram envoltos numa decoração sumptuosa. O interior elegante é ainda mais elevado por uma colagem de parede personalizada do artista francês Guy Limone.



Gucci Osteria

Dois ícones italianos juntaram-se para apresentar ao mundo a Gucci Osteria, uma série de restaurantes italianos dirigidos pelo famoso chefe Massimo Bottura. Tudo começou no complexo Gucci Garden do Gucci Museo de Florença, por acaso o local de nascimento da Casa Gucci, e tal veio a dar origem a restaurantes irmãos. A última Gucci Osteria de Massimo Bottura a nível mundial abriu as suas portas em Seul, na Coreia do Sul, no último andar da loja Gucci Gaok, no distrito de Itaewon. Esta é a quarta localização global do restaurante e a terceira fora de Itália, depois de Beverly Hills, na Califórnia, e de Tóquio, no Japão. O restaurante contemporâneo oferece uma experiência gastronómica da cozinha tradicional italiana incorporando elementos da paleta sul-coreana.



O design interior apresenta uma estética semelhante à do Gucci Osteria Tokyo, incluindo as luzes do teto, o pavimento em parquet e o mosaico de mármore colorido do terraço. Para além disso, uma sala de jantar privada que acolhe até oito convidados está disponível atrás de portas de vidro colorido. Denominada Sala dos Espelhos, o espaço apresenta espelhos de parede antigos que criam um ambiente para uma experiência gastronómica exclusiva.




Além destes exemplos, existem outros onde a alta-costura se entrelaça com a gastronomia, como o Vivienne Westwood Café, o The Blue Box Café by Tiffany & Co. e o Emporio Armani Caffè. Nestes locais, a estética da marca é harmoniosamente combinada com a excelência gastronómica. Esta é uma tendência em ascensão, na qual as marcas estão a criar espaços de estilo de vida que refletem a sua identidade de forma visualmente apelativa, visando alcançar mercados e demografias mais abrangentes.

 

Trata-se de uma estratégia de investimento para proporcionar aos clientes uma nova experiência holística, que transpõe o mundo online para a realidade física. Os clientes entram para fazer compras e depois desfrutam de uma refeição ou bebida, criando uma abordagem estratégica de marketing eficaz ao vender algo ao consumidor que ele não sabia que precisava.

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